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domingo, 9 de janeiro de 2011

Anjo da guarda

A alma de uma pessoa é a única coisa que a reflete inteiramente, pois a alma descreve a pessoa. 
Quando nasci minha alma era pura,pura alma de criança. Mas eu cresci e minha alma não pode suportar.
Meu pai se ajuntou com uma linda mulher de vinte e poucos anos,mas a família chegou completa. Minha mãe sempre lavou e passou roupa para me sustentar,e nem filho dela eu era. Papai já me tinha quando se casou de novo. Nunca consegui ver Donela como madrasta,sempre a vi como mãe.
Já meu pai eu sempre vi como um estranho,mas Donela e eu fizemos um acordo: "-Na frente dele  o chame de pai,comigo chame do que quiser".
Assim se passaram anos e mais anos. Eu cresci com esse acordo,mas o Pansudo nunca soube.
Ele nunca se preocupou comigo,nunca havia me pego no colo quando menino e sempre me maltratava. O que mais acabava comigo era quando ele batia em Donela. Ela sempre apanhava por mim. Minha mãe de coração e de criação me protegia de meu próprio pai Pansudo. Mas nunca podia reclamar,era orfã e não tinha lugar pra voltar então viveu pra mim e por mim. Sofrendo e chorando comigo todos os dias.
Pansudo morreu quando eu tinha 12 anos de molecagem,mas a essa altura eu já não tinha alma de criança. Me metinha em brigas e protegia Donela de Pansudo como um adulto. Quando ele morreu Donela ficou com medo por ficarmos sozinhos e eu contente por me livrar dele.Mamãe Donela não conseguia mais trabalhar como antes e o dinheiro era escaço. Arrumei trabalho e fui sustentar a casa.
Donela me deu apenas uma surra. E por bom motivo. Eu disse que largaria a escola e ela disse não. Eu a enfrentei e ela me bateu. A mim aquilo doeu como um tapa e a ela como uma facada na alma pura que conservou todos aqueles anos. Ela chorou tanto que parecia que eu tinha batido nela.
Nunca parei de estudar,virei doutor e consegui sustentar uma casa melhor. Donela contraiu pneumonia,mas a danada não queria tomar os remédios.Numa noite de outubro, ela me chamou perto de sua cama e me disse:
"-Meu filho de alma, coração e criação, nunca deixe que sua alma se corrompa.Sei que você acha que sua alma não tem salvação,mas tem e eu sei que se salvará. -Donela olhou em meus olhos- Meu filho minha hora chegou,mas você nunca ficará desamparado."
Minha mãe pegou minha mão que a envolvia deu um beijo e morreu. Nunca chorei tanto.
Sai da nossa cidadezinha e fui para a cidade grande. Construi família e purifiquei minha alma a muito custo. Perdoei o Pansudo e antes de morrer o reconheci como pai.
Hoje estou aqui feliz,e de alma pura!
Viram anjinho, eu perdoei meu pai mesmo ele tendo me espancado e maltratado minha mão durante toda minha vida. Minha alma foi salva por Donela e por pouco não cai nas trevas. Com 12 anos já tinha a alma morta,mas o pedido de Donela a ressuscitou e eu consegui purifica - lá. Agora, como bons Anjos de guarda que são, desçam e salvem as almas de seus protegidos. Que a paz esteja com vosco!

Houve um coro alto te "AMÉM" e os anjos desceram a terra. Donela pós a mão no ombro do anjo contador de histórias:

-Muito bem meu filho amado.
Ele pegou sua mão,beijou e disse:
-Graças a você mamãezinha!

Fim!!

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